Perdi a chave do baú dos beijos. Deve andar por aí perdida no meio da névoa. Se alguém a encontrar por favor guarde-a. Consequência sem dúvida de ter acordado às oito da manhã convencido de que era meio-dia e meia hora. Esta desorientação temporal (em todos os sentidos) provocou uma agitação das massas de ar osculatório. Atenção: se alguém abrir o armário por favor faça-o com cuidado; não vão os beijos todos escapar-se. Uma vez cá fora são difíceis de recuperar. Em contrapartida são benignos. Não fazem mal a ninguém e até há quem me tenha já dito que fizeram bem. São beijos na sua maioria simples, mas alguns há mais complexos. Podem ser consumidos à vontade: não têm prazo de validade.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.