Enquanto isso, no pior aeroporto do mundo (do meu mundo, claro; não falo pelo dos outros): um gajo sente-se espoliado, extorquido, chantageado ao almoço. Antes disso aconteceu-lhe pela primeira vez uma coisa fantástica, no sentido primeiro do termo: o avião foi para um terminal, a bagagem para outro e ninguém disse nada a ninguém. Trocando por miúdos: a manga estava no Terminal 1 e nos monitores para os carrocéis das bagagens o voo não aparecia. Ao fim de um quarto de hora um gajo decide perguntar a um senhor velhote, de bigode e badge ao peito. "Ah, se o seu voo era Norwegian as bagagens estão no Terminal 2".
Inútil dizer que o terminal 2 fica para lá de Konamair Street, as indicações são sub-realistas (o termo é pedido de empréstimo) e ir, vir, fazer o check in para o voo seguinte (tenho dois bilhetes, à dúzia é mais barato) foi mais de uma hora. Ou seja: decidi - erradamente, vejo agora - não ir a Barajas, vila que apesar de tudo consegue ser mais apelativa do que o respectivo aeroporto - e andei por aqui perdido à procura de um sítio para comer.
Calhou-me o Coffee and Baker Santagloria (sic), para provar que se uma coisa corre mal tudo correrá a seguir, como nas maratonas de Nova Iorque e outras cidades.
Está quase a acabar este purgatório. Ao menos isso: o vinho é caro, as sandes más e caras, mas acaba tudo deglutido.
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No filtro para entrar no espaço alfandegado a senhora felicita-me pelo meu "paisano". Não percebo e pergunto-lhe quem. "O Ronaldo. Não és português?" (A frase soou como "O Ronaldo, estúpido. Não és português?")
Vi o golo e mesmo eu, que não gosto nem quero gostar de futebol reconheço que é bonito. É como as jogadas no bilhar, antigamente havia um canal de televisão que transmitia jogos de snooker e outras modalidades: são muito bonitas, mesmo quando não se percebe nada.
Adenda: o bilhar tem uma qualidade suporifera que o futebol não tem. Por isso o prefiro.
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Uma das características mais irritantes do aeroporto de Barajas (já aqui a mencionei) é fazer-me esquecer tudo o que tenho aprendido nestas longas e inúmeras viagens.
Da última vez isso custou-me uma hora na aldeia ou vila ou seja o que for de Barajas, porque me esqueci de ler o cartão de embarque como deve ser. Hoje esqueci-me de que as probabilidades de um voo no fim do dia da Easyjet estar atrasado são iguais às que eu tenho de ganhar o Totomilhões.
Infelizmente voo mais frequentemente na Easyjet do que compro os diferentes Totós Milhões.
Adenda: o voo acabou por sair a horas, apesar do embarque tardio. Parabéns Easyjet. Vou continuar a não comprar loterias.
Inútil dizer que o terminal 2 fica para lá de Konamair Street, as indicações são sub-realistas (o termo é pedido de empréstimo) e ir, vir, fazer o check in para o voo seguinte (tenho dois bilhetes, à dúzia é mais barato) foi mais de uma hora. Ou seja: decidi - erradamente, vejo agora - não ir a Barajas, vila que apesar de tudo consegue ser mais apelativa do que o respectivo aeroporto - e andei por aqui perdido à procura de um sítio para comer.
Calhou-me o Coffee and Baker Santagloria (sic), para provar que se uma coisa corre mal tudo correrá a seguir, como nas maratonas de Nova Iorque e outras cidades.
Está quase a acabar este purgatório. Ao menos isso: o vinho é caro, as sandes más e caras, mas acaba tudo deglutido.
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No filtro para entrar no espaço alfandegado a senhora felicita-me pelo meu "paisano". Não percebo e pergunto-lhe quem. "O Ronaldo. Não és português?" (A frase soou como "O Ronaldo, estúpido. Não és português?")
Vi o golo e mesmo eu, que não gosto nem quero gostar de futebol reconheço que é bonito. É como as jogadas no bilhar, antigamente havia um canal de televisão que transmitia jogos de snooker e outras modalidades: são muito bonitas, mesmo quando não se percebe nada.
Adenda: o bilhar tem uma qualidade suporifera que o futebol não tem. Por isso o prefiro.
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Uma das características mais irritantes do aeroporto de Barajas (já aqui a mencionei) é fazer-me esquecer tudo o que tenho aprendido nestas longas e inúmeras viagens.
Da última vez isso custou-me uma hora na aldeia ou vila ou seja o que for de Barajas, porque me esqueci de ler o cartão de embarque como deve ser. Hoje esqueci-me de que as probabilidades de um voo no fim do dia da Easyjet estar atrasado são iguais às que eu tenho de ganhar o Totomilhões.
Infelizmente voo mais frequentemente na Easyjet do que compro os diferentes Totós Milhões.
Adenda: o voo acabou por sair a horas, apesar do embarque tardio. Parabéns Easyjet. Vou continuar a não comprar loterias.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.