25.7.18

Os FP e o "sistema"

A minha saga com a carta de condução continua. É verdade que o sistema não está feito para casos atípicos como o meu e dou por isso o devido desconto.

Mas só o devido, não mais.

Há uns anos precisava de uma certidão da Escola Náutica para trabalhar na Martinique. Tinha tudo: o emprego, o contrato, o barco e a tripulação. Só me faltava a certidão, a fim de obter uma equivalência. A Escola Náutica Inf. D. Henrique levou três meses, três, a fornecer-me a dita coisa. Recebi-a numa quinta-feira (digitaizada, por e-mail) e fui à Capitania. O Capitão do Porto disse-me que precisava dela traduzida e deu-me a entender que se fosse eu a fazê-lo ele não se aperceberia. Fui para um café ao lado, traduzi a certidão, assinei-a com um nome bonito, que já não recordo mas devia ser Marie Estelle Desmers ou coisa que o valha; entreguei-o nessa mesma quinta-feira já ao fim da tarde e perguntei ao senhor se podia vir levantá-la "para a semana". "Para a semana? Venha amanhã. Você precisa de trabalhar, não precisa?" (Os trabalhos no charter começam ao sábado).

O "sistema" é o que é, mas são os funcionários públicos que fazem dele a máquina trituradora, torturadora que é.

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