26.1.19

Migalhas, penas, simplicidades

Se há coisa que agradeço (não sei a quem, mas agradeço) é esta capacidade de ser feliz em dias como o de hoje sem ter de perguntar porquê, sem me sentir a hiena da anedota.

Ser feliz com evidências, com migalhas: um dia bonito, uma bicicleta que é "um tanque" (aspas porque cito), um vermute no Aurélio (ou dois, vá lá), iscas de fígado, Ornette Coleman Dancing in [my] head, uma senhora a quem a distância não impede de pensar em mim (ou eu nela), o piscar de olhos da vendedora de legumes no mercado quando lhe chamo cariño, a ideia de que a vida é um conjunto de engrenagens e desde que elas funcionem tudo funciona, rum assim-assim, pensar que valeu a pena... O que é que valeu a pena? Tudo. E não no passado, mas no presente: Tudo vale a pena.

É de uma simplicidade exaltante.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.