A minha Vírus Velox (designação dada por mim, mais do que merecida) é leve e rápida. Basta-lhe não estar a subir para me fazer pensar que estamos a descer.
Pensar em qualquer coisa - uma situação, um projecto, um problema, a vida - tem similitudes com pedalar numa estrada: há subidas, descidas, pequenas contrariedades, grandes alegrias.
Este fim-de-semana é dedicado a pensar num dos aspectos da minha vida. Não digo qual, pouco importa. Mas é algo que precisa de atenção e reflexão.
Pedalar ajuda o cérebro a funcionar. Sugiro fortemente que adaptem este método: uma bicicleta veloz, um bom almoço, dois ou três incidentes desagradáveis (há demasiado trânsito automóvel, porém tive poucas manifestações de simpatia da parte dos condutores: as razias e buzinadelas escassearam. A esmagadora maioria dos veículos afastava-se amplamente. No incidente do cruzamento, o condutor do veículo que estava atrás do da jovem saiu do carro e vociferou qualquer coisa durante muito tempo, mas não percebi o que era ou a quem se dirigia).
Esta mistura de muito prazer e poucas chatices é frutuosa, profícua, prenhe de resultados.
Tal como uma boa refeição tem efeitos positivos num vasto arco de sentimentos, mas principalmente no tempo: torna-se mais gentil, mais lento, como se também ele estivesse a digerir.
Na Ericeira fui jantar ao restaurante Gafanhoto, um clássico daqueles em que numa mesa está um senhor parecido com François Hollande, noutra um homem gordo vestido com umas calças de fato de treino cinzentas e um sweat shirt cor de rosa e noutra ainda uma jovem mãe muito bonita acompanhada por uma criança. É visivelmente o seu fim de semana com a filha.
Come-se bem e barato, mas aquilo de que mais gostei foi da simpatia do serviço. Há tanto tempo que não vejo tantos sorrisos e tanta amabilidade num restaurante... Para quem vem de Palma, habituado a ser servido com duas pedras na mão e três no sapato, isto parece outro planeta.
Longa e interessante conversa com T., ontem. Apetece-me continuá-la por escrito. Talvez seja tarefa para amanhã, vá lá saber-se. Esta ausência de plano é um campo de tiro sem limites e sem alvos. Há um objectivo, mas não há um itinerário traçado para lá chegar. Como diz aquele estafado e algo chato verso, "o caminho faz-se caminhando".
Pensar em qualquer coisa - uma situação, um projecto, um problema, a vida - tem similitudes com pedalar numa estrada: há subidas, descidas, pequenas contrariedades, grandes alegrias.
Este fim-de-semana é dedicado a pensar num dos aspectos da minha vida. Não digo qual, pouco importa. Mas é algo que precisa de atenção e reflexão.
Pedalar ajuda o cérebro a funcionar. Sugiro fortemente que adaptem este método: uma bicicleta veloz, um bom almoço, dois ou três incidentes desagradáveis (há demasiado trânsito automóvel, porém tive poucas manifestações de simpatia da parte dos condutores: as razias e buzinadelas escassearam. A esmagadora maioria dos veículos afastava-se amplamente. No incidente do cruzamento, o condutor do veículo que estava atrás do da jovem saiu do carro e vociferou qualquer coisa durante muito tempo, mas não percebi o que era ou a quem se dirigia).
Esta mistura de muito prazer e poucas chatices é frutuosa, profícua, prenhe de resultados.
Tal como uma boa refeição tem efeitos positivos num vasto arco de sentimentos, mas principalmente no tempo: torna-se mais gentil, mais lento, como se também ele estivesse a digerir.
Na Ericeira fui jantar ao restaurante Gafanhoto, um clássico daqueles em que numa mesa está um senhor parecido com François Hollande, noutra um homem gordo vestido com umas calças de fato de treino cinzentas e um sweat shirt cor de rosa e noutra ainda uma jovem mãe muito bonita acompanhada por uma criança. É visivelmente o seu fim de semana com a filha.
Come-se bem e barato, mas aquilo de que mais gostei foi da simpatia do serviço. Há tanto tempo que não vejo tantos sorrisos e tanta amabilidade num restaurante... Para quem vem de Palma, habituado a ser servido com duas pedras na mão e três no sapato, isto parece outro planeta.
Longa e interessante conversa com T., ontem. Apetece-me continuá-la por escrito. Talvez seja tarefa para amanhã, vá lá saber-se. Esta ausência de plano é um campo de tiro sem limites e sem alvos. Há um objectivo, mas não há um itinerário traçado para lá chegar. Como diz aquele estafado e algo chato verso, "o caminho faz-se caminhando".
Aquela simpatia aliada ao cruzamento de ruas, uma geometria de emoções.
ResponderEliminarMuito brinquei por aquelas ruas, abraço e continua este a ser o meu blog de eleição desde que o descobri faz agora 6 anos.