28.3.19

Os risos e o resto

Escorreita corre a escrita ao correr da pena e das penas, corre melancólica por essa longa estrada fora como se as penas fossem uma só, elas que tantas são; e a pena muitas, cada uma para a sua cor. Na estrada desenham a traços largos e cores ligeiras as linhas todas das diversas dores, cada uma mais alegre do que a vizinha (e sabe Deus se a senhora é alegre, senhora de riso contagioso e ironia fina, senhora de si, de vastos reinos onde riso e penas se misturam ao correr da pena, levemente, como quem não quer incomodar a sorte, sabe Deus).

E que mais sabe Deus, ele que tanto se enganou todos os dias? Nada ou muito pouco, está a cotovia rouca de tanto rir e a senhora sábia de tanto a ouvir esquece as penas e vai dormir. Escorreita, claro.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.