(...)
Os runs falam línguas, como as pessoas e os papagaios. Há-os anglófonos - os meus favoritos -; francófonos - os mais elegantes e complexos; - hispanófonos - os piores, no sentido de serem os que têm menos marcas apreciáveis; - e lusófonos - não são runs. Só quem atenta mais às raízes do que aos resultados lhes chama rum -.
Os anglófonos são masculinos e os francófonos femininos. Os espanhóis são simplesmente maus, salvo algumas raras e honrosas excepções. Dos outros não se fala, por educação e pudor (com a potencial excepção de meia dúzia de cachaças, demasiado difíceis de encontrar fora de Minas Gerais).
De todos, o Clément é sem dúvida um excelente expoente dessa invenção francesa que é o rum agricole. Deve provar-se também o J.M., menos redondo; ou o Damoiseau, da Guadeloupe, forte e racista (é verdade: não se deixa beber por lábios inocentes). Dos ingleses sugiro os El Dorado todos (sendo que o de 15 anos é uma das provas da benevolência de Deus); e o Mount Gay, que é o Johnny Walker dos runs: decente e barato (pelo menos o corrente). Nos outros: o Flor de Caña, bom em todas as idades e muito bom nas mais velhinhas; o Zacapa, só nas velhas; e o Botran, que só provei uma vez e do qual não posso fazer uma apreciação definitiva, mas pareceu-me pelo menos aceitável.
Nessas bandas deve encontrar-se isto tudo. Mai-lo Trois Rivières, que devia ser dado na escola primária para ensinar os putos a distinguir o sublime do meramente excelente; ou - na categoria brancos, jovens e inescapáveis - o Habitation La Favorite, que se deixa beber como uma puta apaixonada se deixa foder: como se fosse a primeira vez.
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O calor voltou a Palma, a reboque das cores. Contudo, as pequenas ainda estão de inverno; os maiorquinos são desconfiados e não se mostram sem ter a certeza do que os espera. Elas ainda mais.
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Recuperei a carta de condução mas não veio com qualquer formação em automóveis. Continuo o mesmo ignorante, agora com uma janela aberta para as diferenças de qualidade. Pouco importa: se um dia tiver dinheiro para comprar um bom automóvel não o compro. Preferirei um barco.
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Os runs falam línguas, como as pessoas e os papagaios. Há-os anglófonos - os meus favoritos -; francófonos - os mais elegantes e complexos; - hispanófonos - os piores, no sentido de serem os que têm menos marcas apreciáveis; - e lusófonos - não são runs. Só quem atenta mais às raízes do que aos resultados lhes chama rum -.
Os anglófonos são masculinos e os francófonos femininos. Os espanhóis são simplesmente maus, salvo algumas raras e honrosas excepções. Dos outros não se fala, por educação e pudor (com a potencial excepção de meia dúzia de cachaças, demasiado difíceis de encontrar fora de Minas Gerais).
De todos, o Clément é sem dúvida um excelente expoente dessa invenção francesa que é o rum agricole. Deve provar-se também o J.M., menos redondo; ou o Damoiseau, da Guadeloupe, forte e racista (é verdade: não se deixa beber por lábios inocentes). Dos ingleses sugiro os El Dorado todos (sendo que o de 15 anos é uma das provas da benevolência de Deus); e o Mount Gay, que é o Johnny Walker dos runs: decente e barato (pelo menos o corrente). Nos outros: o Flor de Caña, bom em todas as idades e muito bom nas mais velhinhas; o Zacapa, só nas velhas; e o Botran, que só provei uma vez e do qual não posso fazer uma apreciação definitiva, mas pareceu-me pelo menos aceitável.
Nessas bandas deve encontrar-se isto tudo. Mai-lo Trois Rivières, que devia ser dado na escola primária para ensinar os putos a distinguir o sublime do meramente excelente; ou - na categoria brancos, jovens e inescapáveis - o Habitation La Favorite, que se deixa beber como uma puta apaixonada se deixa foder: como se fosse a primeira vez.
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O calor voltou a Palma, a reboque das cores. Contudo, as pequenas ainda estão de inverno; os maiorquinos são desconfiados e não se mostram sem ter a certeza do que os espera. Elas ainda mais.
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Recuperei a carta de condução mas não veio com qualquer formação em automóveis. Continuo o mesmo ignorante, agora com uma janela aberta para as diferenças de qualidade. Pouco importa: se um dia tiver dinheiro para comprar um bom automóvel não o compro. Preferirei um barco.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.