Vou fechar a janela, se não te importares. Pouco ou nada me interessa o que vai lá fora. A noite sem ti parece um punhal espetado na barriga, uma avalanche que se desfaz com fragor por esta encosta abaixo. Não quero saber de nada: nem por onde andas nem por onde andarias - andaríamos - se aqui estivesses. Deixemos este estúpido silêncio lá fora, pendurado na brisa que agora ajuda a arrefecer o quarto. Quando a janela estiver fechada deixará de haver brisa, silêncio, noite.
Não haverá nada senão esta mistura de sono e sonhos que me fazem acreditar: sim, um dia voltarás, um dia abrirás os olhos, um dia serás o punhal que agora me revolve o ventre.
Não haverá nada senão esta mistura de sono e sonhos que me fazem acreditar: sim, um dia voltarás, um dia abrirás os olhos, um dia serás o punhal que agora me revolve o ventre.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.