17.7.19

Arte, vida

Ninguém acreditava nele quando o dizia: a sua maior obra de arte foi a sua vida.

(Pelo menos enquanto foi vivo. Depois de morto começaram a acreditar. Faziam-lhes falta aquelas esculturas imateriais que todos os dias deixava, as frases magníficas que não chegava a escrever, as fotografias que fazia com o olhar, os quadros que pintava - ele, que nem uma parede sabia pintar.)

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