Questão de modelar a transparência, dar-lhe formas: laminar, por exemplo. Tetaédrica; polimórfica, se fores preguiçoso e não quiseres dar-te ao trabalho - admitidamente sempre doloroso, difícil - de fazer uma escolha. Aquilo a que os franceses chamam arrêter un choix, expressão tão bonita quanto complexa quanto precisa: escolher é parar (e parar é morrer, mas isso agora interessa pouco). É da transparência que falamos, não de morte, da opaca morte.
A transparência modela-se. Há quem a aprecie cúbica, piramidal ou, como eu, laminar (desculpem as repetições). Ao contrário das transparências tridimensionais, que aguentam tudo as planas são muito sensíveis. Rompem-se ao mais pequeno murro, ao mais ligeiro pontapé.
Como eu, daí a preferência. Não há empurrão que não me rasgue, me deixe a sangrar na rua, escalpe os sentidos, esfole de alto abaixo.
Uma transparência fina sempre leva menos sal.
A transparência modela-se. Há quem a aprecie cúbica, piramidal ou, como eu, laminar (desculpem as repetições). Ao contrário das transparências tridimensionais, que aguentam tudo as planas são muito sensíveis. Rompem-se ao mais pequeno murro, ao mais ligeiro pontapé.
Como eu, daí a preferência. Não há empurrão que não me rasgue, me deixe a sangrar na rua, escalpe os sentidos, esfole de alto abaixo.
Uma transparência fina sempre leva menos sal.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.