O dono do Arabay (ou gerente ou seja lá o que for) é simultaneamente antipático, estúpido e arrogante, combinação pouco convidativa, no mínimo, para quem recebe clientes. Compensa tal amontoado de qualidades com o melhor café de Palma - talvez um dos melhores, ainda tenho de confirmar - e com a localização: mesmo ao lado de casa. Hoje apercebi-me de que tem também clientes à altura: estava na fila - por uma razão que desconheço e não compreendo de todo deixaram de servir à mesa - e o gajo à minha frente pediu-me para me afastar. A cara e a roupa de imbecil do homem desculpam tudo e portanto não teria sido grave se ele não tivesse composto o pedido com um «hay que ser responsable» e eu não estivesse já suficientemente longe dele, na minha opinião. Acedi educadamente. É a melhor maneira de lidar com um QI baixo, quanto mais não seja porque provavelmente terá muito mais prática de brigas de rua do que eu e de qualquer forma aquilo não o merecia. Dei um passo atrás e agora deixo essa gota de água escorrer no meu metafórico impermeável (o dia está esplêndido). Penso que consigo, mas não tenho a certeza.
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Palma está esquisita, sem turistas. Parece aqueles gordos que andam sempre com roupa apertadíssima e de repente emagrecem e a roupa assenta-lhes como uma luva ao Arsène Lupin.
As ruas foram feitas para esta quantidade de pessoas e não para as enchentes de alemães, suecos e hooligans ingleses (passe o pleonasmo). Isto dito, espero que voltem depressa, porque os negócios estão calculados para as enchentes e não para a elegância das ruas meio cheias.
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Jantar na Chichilla: tapa de jamón ibérico e dois copos de vinho. Em casa completo com meia dúzia de garfadas dos penne rigate que fiz ontem, um ragù di salsiccia e um copo de Rioja. Amanhã vou ao dentista e já me preparei para uma noite infernal, apesar de não ter razão nenhuma para isso. A quantidade de coisas que um gajo teme sem ter razões nenhumas para isso é insondável. Se é verdade que «on est tous le con de quelqu'un», mais verdade ainda é que mal vale ser o seu próprio imbecil do que o dos outros.
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Palma está esquisita, sem turistas. Parece aqueles gordos que andam sempre com roupa apertadíssima e de repente emagrecem e a roupa assenta-lhes como uma luva ao Arsène Lupin.
As ruas foram feitas para esta quantidade de pessoas e não para as enchentes de alemães, suecos e hooligans ingleses (passe o pleonasmo). Isto dito, espero que voltem depressa, porque os negócios estão calculados para as enchentes e não para a elegância das ruas meio cheias.
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Jantar na Chichilla: tapa de jamón ibérico e dois copos de vinho. Em casa completo com meia dúzia de garfadas dos penne rigate que fiz ontem, um ragù di salsiccia e um copo de Rioja. Amanhã vou ao dentista e já me preparei para uma noite infernal, apesar de não ter razão nenhuma para isso. A quantidade de coisas que um gajo teme sem ter razões nenhumas para isso é insondável. Se é verdade que «on est tous le con de quelqu'un», mais verdade ainda é que mal vale ser o seu próprio imbecil do que o dos outros.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.