O poema chama-se Mendiga Voz e vem a propósito, ainda que por vias travessas, de uma conversa que tive hoje com a minha irmã R.. É de Alejandra Pizarnik e dou-o aqui na versão traduzida por Alberto Augusto Miranda. Vem numa pequena antologia da editora O Correio dos Navios, nome que por si só me faria gostar da obra. Felizmente há mais: as traduções são óptimas (o traditore não inventa) e a selecção de poemas também - tendo presente que a antologia é verdadeiramente curta.
«E ainda me atrevo a amar
O som da luz numa hora morta
A cor do tempo num muro abandonado.
No meu olhar perdi tudo.
É tão longe pedir. Tão perto saber que não há.»
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.