Ouve-me. É de luz que te falo, dessa sua estranha propriedade de esconder o que torna visível, como se as coisas fossem muito mais do que a sua superfície. Se calhar são. Se calhar não apagas a luz porque não tens a certeza de morrer. Vives no espaço que está por baixo da luz, o espaço de que te lembras por baixo do prédio da tua infância, por baixo daquilo que és hoje: um fenda à procura da luz.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.