Ontem houve um jantar da marca Serpa, a certa altura apareceu misteriosamente uma garrafa de rum Mount Gay - para quem não sabe, a melhor relação qualidade - preço para praticamente tudo, desde shampoos a bebidas passando por vassouras, bloco-notas e outros objectos imprescindíveis da vida quotidiana e hoje o meu corpo passou o dia todo chateado comigo. Tive de o fazer dormir uma grande parte da manhã e da tarde, proporcionar-lhe um revigorante passeio de bicicleta já noite fechada e fazer uma carne picada no forno com batatas hasselback para ele se reconciliar, finalmente. (E mesmo assim com uma condição: ir já para a cama, outra vez.) Do jantar não falo, porque se não me importo de falar do que é bom acho detestável falar do que o é muito, muito, muito. Pode dar falsas impressões a quem me lê. Do resto do dia já falei, nada a acrescentar.
Senão talvez lamentar a preponderância que o meu corpo adquiriu. É um chato e eu gostaria talvez de lhe explicar que não aturo chatos e que se ele pensa que vai passar assim o resto dos dias está muito enganado.
Fica o aviso feito, meu velho de mim.
Escondo-me nas curvas das letras, revelo-me no sedoso de uma pele.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.