«Não há contágios sem contactos, mas há contactos sem contágioss» (Henrique Pereira dos Santos. Daqui se deduz que tentar acabar com os contactos transversalmente é uma estratégia errada porque a) é impossível acabar com todos os contactos; b) tem custos humanos, sociais, sanitários e económicos demasiado elevados - que, como se pode ver, não são brilhantes - e c) desvia-nos a atenção dos casos em que os contactos resultam verdadeiramente em contágios (e estes em casos com elevada probabilidade de morte ou consequências graves, o que é outra coisa ainda). Confesso que não percebo a reticência das pessoas em pelo menos avaliar a possibilidade destas hipóteses serem correctas, mas penso que isto tem a ver com a crescente religiosidade dos tempos modernos. Seria como pedir aos católicos do século XVI que pelo menos avaliassem as noventa e cinco teses de Lutero.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.