Provavelmente, a razão pela qual o registo diarístico, a biografia e a autobiografia são tão escassos em Portugal é que somos um povo de carneiros, cobardolas que só encontram conforto e alívio fundidos no rebanho.
Não me compreendam mal: gosto dos portugueses e penso que temos muitas qualidades. Mas as nossas qualidades levam-nos a não gostar de ser únicos, indivíduos, fora do rebanho. Com a rara excepção de futebolistas - que duram o que duram e jogam em equipas e clubes - não admiramos ninguém.
Como escrever diários, se o objectivo é ser como os outros e não ser diferente?
PS - Andem pelas ruas e perguntem aos transeuntes se sabem quem é João Garcia, João Rodrigues, João Cabeçadas? (Os nomes são iguais por coincidência, juro.)
PS - Andem pelas ruas e perguntem aos transeuntes se sabem quem é João Garcia, João Rodrigues, João Cabeçadas? (Os nomes são iguais por coincidência, juro.)
Gostei. Eu estou a escrever um diário. Às vezes misturo a primeira pessoa com a terceira. Uma autobiografia na terceira pessoa.
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