30.9.22

Cidades, semanas. Ou: em louvor do nomadismo

"Lisboa tem qualquer coisa de bom?", pergunta com muito menos palavras um dos meus "amigos" favoritos do Facebook. Ia responder-lhe "sim, nas três ou quatro primeiras semanas" mas lembrei-me imediatamente de que quando aqui vivia, costumava gostar de Genebra durante as duas primeiras semanas que se seguiam a cada regresso; e que de Palma gosto das primeiras quatro ou cinco semanas; já Paris não é suportável mais do que uma; Londres duas; Barcelona um dia; e assim por diante. Talvez se devesse fazer uma classificação das cidades cujo critério fosse durante quanto tempo são suportáveis depois de uma ausência de no mínimo dois meses, por exemplo. Ou três, vá, que é o tempo que alguns pormenores demoram a sedimentar. Penso na cidade de Panamá, que detestei durante quatro meses e apreciei bastante os seguintes; S. Luis do Maranhão, aonde tanto quero regressar e que, aposto, suportaria muitas semanas, muitos meses; Cape Town - qual, a de hoje? Duvido. Le Marin, Marigot, Bequia não são cidades mas são admitidas a concurso e serão testadas este Inverno.

Estas coisas devem ser medidas com critérios objectivos, replicáveis e - sobretudo - empíricos.

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