29.3.23

A maior parte de mim

"Por que palavra começar, por que desordem?"

A cada chegada a Genebra é o mesmo turbilhão. Depois o remoinho acalma, volta a tranquilidade. Depois, ainda, a vontade de me ir embora. Eu não sou daqui. Daqui é só uma parte de mim, não eu todo. Não sou todo de lado nenhum. Nem ao mar, sequer, pertenço todo. Há sempre uma parte de mim numa parte qualquer do mundo.

Mas de que a maior parte de mim está aqui não pode haver dúvida. O futuro é sempre maior do que o passado e esse futuro tem nome. Chama-se Leonardo, Helena, Tomás. 

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