Chegada a Palma num estilo que um dia virá a ser conhecido por Estilo Luisinho. O avião aterra, o telefone é ligado e o meu pandemónio da minha vida anuncia-se: mensagem do Nikki, que está na lancha quase (piada íntima) ao lado. "Tens um alarme a tocar há dois dias". Peço-lhe para ir a bordo apagar o interruptor da Navegação, aquilo vem dali. Primeiro acto. Segundo: apanho um taxista de esquerda e apreciador de história. Dei-lhe um bocadinho de corda e o homem não parou. Estava nitidamente a gostar da conversa: fizemos o último quilómetro a dez à hora, enquanto me falava da "catastrófica colonização europeia em África", de que a prova, segundo ele, era o milhão de moçambicanos brancos (nisto não se enganou) que teve de regressar a Portugal. Chegámos ao clube no momento em que eu lhe disse que sou um desses. Terceiro acto: saio do táxi, vou para a bicicleta e apercebo-me de que o telefone tinha ficado na viatura do taxista-historiador.
Safou-me o Nikki, outra vez. Estava a bordo da lancha de que trata e deu-me acesso à rede dele.
Tout est bien qui fini bien: vim jantar ao Sa Ronda, a morcela de Burgos e a salada russa ("especialidade da casa") estavam óptimas e só me revoltou ter deixado metade, maldita injecção que não me deixa honrar o trabalho dos bons cozinheiros. Bebo um americano e um Cacique e penso na sorte: amanhã às nove da manhã tenho o pessoal da Dinatec (ámen) a bordo.
Esta coisa entre mim e o P. está a tornar-se quase pessoal (ditto). O motto agora é: "não és homem não és nada". Segue-se a condição - se esta porra não estiver pronta em Novembro; se aparecer mais merda maior; se se e se. Não és homem não és nada. Se.
P., garanto-te que sou homem para ti.
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Vinte e três graus centígrados em Palma agora (dez da noite). A quem se queixa do aquecimento global sugiro um inferno de gelo.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.