Tal como é bom comprar de vez em quando coisas na net (uma vez por ano, mais ou menos) para nos lembrarmos de que não se deve comprar coisas na net, é necessário sair de Lisboa de tempos a tempos para nos lembrarmos de que fora da capital a vida está ainda mais perto da idade da pedra lascada. O mínimo que se pode dizer é que Loulé não me encanta. Não fora a simpática e bonita companhia - que foi o que me fez aqui vir, pelo que nem tudo se perdeu. Imagine-se o que teria sido se a senhora fosse um camafeu? - e teria amaldiçoado o dia em que tive a ideia de vir passar um fim-de-semana ao Algarve. Bom, há aqui uma enorme dose de exagero e inexactidão. Este «fora de Lisboa» tem mais buracos do que a Lua crateras. O Porto e Évora, por exemplo. Mértola. Mas enfim, o DV nunca se pretendeu uma obra realista e não é agora que vai mudar de orientação, coitado. Mesmo no Algarve. Já estive duas vezes em Olhão e gostei bastante. Portimão e Lagos. Sagres. Agora quero conhecer mais: Alte, Silves, voltar a Tavira, de que guardo boas recordações. Às vezes penso que conheço melhor França ou a Suíça do que este íman cujos pólos alternam, me atraem e me repulsam à vez. Isto dito, mantenho: em Portugal, o clima do sul e as pessoas do norte.
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Amanhã vou para Sevilha e de lá apanho o avião, terça de manhã, para o «meu» P. de que tantas saudades tenho. Vou na Ryanair, uma companhia na qual só viajo com uma pistola apontada à cabeça. Ou isso ou noventa euros de diferença de preço para o seguinte. Ainda por cima, como reservo os bilhetes na eDreams tenho de passar por um processo grotesco de «verificação de identidade» cujo único objectivo é lembrar-me de que a) não se deve viajar na Ryanair e b) a fazê-lo, comprar os bilhetes directamente à companhia. Não respeito nem uma nem outra, quando a diferença de preço é grande ou uma outra poderosa razão me força a isso. E continuo a comprar os bilhetes na eDreams porque já lhe conheço os atalhos e os penhascos.
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As duas últimas injecções de Trulicity estão espaçadas de quatro dias apenas, em vez dos sete habituais. Resultado: hoje mal consegui comer e até já bebi uma garrafa (pequena) de água. Espero que esta semana as coisas voltem ao ritmo habitual e possa beber água porque quero e não porque preciso.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.