Mais uma casa. Chegamos e arrumamos as coisas, mas pouco a pouco elas vão escolhendo os seus lugares. As chaves preferem estar ali, o chapéu não gosta deste sítio, o porta-moedas, o telefone e os óculos escuros têm de estar juntos e há sempre uma pequena guerra entre eles até chegarem a um consenso. Depois há o problema da cozinha: não sei aonde estão os utensílios. Depois, finalmente, nós habitamos a casa e ela habita-nos, se for bonita e sóbria. Esta é.
Infelizmente só aqui ficamos um mês porque o T. encontrou um apartamento em St. Anne e eu vou para bordo, que é a minha casa natural. A despesa vai diminuir bastante e - sobretudo - estes horríveis trajectos entre os Z'Abricots e o Marin.
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O trabalho no S. D. começou a sério. Gosto muito destas limpezas profundas quando chego a um barco. Não é só simbólico, se bem sendo-o não se perderia nada. É também a melhor maneira de se conhecer um bote a fundo.
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Cada vez me convenço mais de que a fotografia foi o princípio do fim do jornalismo. A machadada final foi a televisão. As redes sociais são o equivalente da incineração.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.