Acabo de escrever uns poucos postais. Poucos: não chegam a meia dúzia, divididos por três destinatários. Gosto deste ritual e tenho pena de estar demasiado cansado para continuar. Também tenho pena de ter deixado de escrever cartas. A bordo do P. tenho um bloco de papel de carta e respectivos envelopes que já não uso há anos. Talvez esteja na altura de recomeçar, quando regressar.
Escrever postais é isso mesmo, um ritual com várias fases: escolher o par postal / destinatário, pensar no que se vai dizer, lamentar a caligrafia (mentalmente. Por escrito, só a primeira vez), procurar a morada, deixar a tinta secar, pôr o selo (se o tiver), ir ao correio, perguntar-me quanto tempo levará a chegar, se a letra será percebida... Uma relação à distância mais complexa do que se me limitasse a enviar um e-mail, a que a instantaneidade rouba densidade. Ou talvez seja simplesmente porque no correio electrónico há menos operações. Ritual do passado, também. Sempre viajei muito e escrevi postais de onde me encontrava. Às vezes não os escrevia seuqer: ficava com eles para me lembrar dos sítios por onde passei.
Até agora ainda não encontrei postais interessantes da Martinica. Só aqueles demasiado "turísticos", fotografias bonitas, receitas locais, etc. Em Palma e em Genebra há-os mais giros, humorísticos.
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Um deles eu sei: o risco de que o cartão europeu de seguros de saúde não seja aceite pelo hospital. «Hospital» não é a expressão correcta. Pelas funcionárias das caixas do hospital. Assunto para tentar resolver amanhã. Até lá, basta tentar fastar os malditos corvos.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.