28.3.24

O que eu pensava

Devíamos confrontar regularmente "o que eu pensava" com a realidade. É uma constante fonte de alegria e de conhecimento. Por exemplo: eu pensava que a vermutería San Jaime era um buraco para turistas, com os habituais vermutes de merda a preços de bitcoins. Este meu preconceito baseava-se simplesmente na sua localização: passeig de Mallorca, uma das áreas turísticas desta adorável cidade. Justamente, é preciso dizê-lo, mas não agora. Deixemos esses pormenores para outro dia.

Pois não é nada disso. Isto é: está cheio de turistas, claro. Mas tem excelentes vermutes - a lista não é enorme mas foi seleccionada com gosto - a preços mais do que acessíveis, mesmo para um pobre e solitário marinheiro longe de casa.

Nunca consegui perceber porque é que "o que eu pensava" está mais vezes errado do que certo mas é assim. Raramente sai a ganhar no embate com a realidade. Ainda bem.

Poder-se-ia talvez pensar que é maçadora, esta coisa de "o que eu pensava" sair a perder quando comparado a "aquilo que é". Mas já viram as alternativas? Há duas, apenas: 

a) Deixar de pensar;
b) Deixar de trazer a realidade à baila.

Qualquer delas triste e  castradora, não é? 

A minha lista de waterholes de Palma teve hoje uma aquisição de peso, que ali ficará até prova em contrário.

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