Lisboa: apresentação do último livro da Clara Pinto Correia, para mim a melhor escritora portuguesa contemporânea. Uso o feminino de propósito: é um erro gramatical. A Clara é um dos melhores escritores portugueses contemporâneos. A apresentação foi desoladora. Doze pessoas no princípio, talvez nove no fim. O interlocutor foi Carlos (?) Quevedo, eficaz e com boas questões.
Que raio de país é este?
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A seguir, jantar com a A. I. num excelente restaurante chamado Pirilampo, em Alvalade. Não o conhecia. A sugestão foi da sempre jovem senhora. Quando se me vêm com perguntas sobre a possibilidade de uma amizade assexuada entre homens e mulheres penso na A. e respondo Sim, é possível.
Infelizmente, teria acrescentado há uns anos. (Hoje não, claro.)
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Entretanto, descubro com um misto de espanto (noventa por cento) e alegria (o restante) que Lisboa se junta às cidades aonde gosto de chegar e mal chego espero ansioso a data da partida. Há um norte na minha vida. Há uma vida no meu norte.
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- Porque escreves?
- Porque não sei fazer mais nada.
- Porque navegas?
- Porque não sei fazer mais nada.
- Porque fotografas?
- Porque não sei fazer mais nada.
Quantos mais "não sei fazer mais nada" existem na tua vida mais cheia ela é.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.