3.2.25

Diário de Bordos - Caminha, Portugal, 03-02-2025

No fundo é da construção de um novo ecossistema que se trata e por isso é tão jubilatório. Ideia associada à de que a passagem será longa, desta vez. A de que "sou de onde estou" reganhou toda a força que nos últimos anos perdeu. 

Ao Buraco - a cabidela estava uma delícia e doeu-me ter de deixar metade - juntaram-se a Casa  Chineza, a Sanzala e uma oficina de bicicletas com um nome esquisito que é a mais antiga do Porto. Existe, diz a tabuleta, desde 1944. É minúscula e está cheia de burras, faz-me lembrar a loja do santo Ivo em Palma.

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A Coluer adapta-se às ruas do Porto e lá se vai safando. Os problemas com a corrente só se manifestam nas velocidades altas e como aquilo é só subidas - não há descidas no Porto. As ruas sobem mas não descem - tudo correu bem.

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Comprei cacau e café da Indonésia e do Burundi, este a metade do preço do da loja de Viana do Castelo. A diferença de preço compensa largamente a diferença de duração da viagem de comboio. Viana fica para outros meios ambientes. Café, cacau e chá pertencem ao do Porto.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.