Regresso a Palma e como sempre fico sem palavras - excepto possivelmente para desejar ao gajo que me roubou a máquina que torre no fogo do inferno para sempre, e isto digo de dez em dez minutos.
A luz de Palma no Inverno é como a cidade: envolvente, suave, terna, carinhosa. Palma é uma cidade para amar e ser amado e hoje sou-o duplamente: esta cidade ama-me tanto qanto eu a amo.
O Antiquari fechou, aparentemente para sempre (vade retro!). O Fidel, o Jaume, o Mise en Place estão fechados para férias. Ontem jantámos no Sa Ronda. Ovos com rabo de toro, precedidos por um palo sifonado no Cliff (o Pep voltou e até sorriu quando lhe desejei as boas vindas). Hoje a ronda continua: l'Olivar, almoço no Morey, café no Miniones, re-café no Bosch. Está calor - vinte e un graus é calor, se bem não excessivo - a luz amortece o ruído, as mulheres continuam lindas e eu pergunto-me até que ponto posso fractalizar (?) a paz. Assim de repente e sem pensar diria: até ao nível atómico. Aposto que os átomos em mim estão em repouso, a girar mais lentamente em torno dos seus núcleos, como eu ando devagar à roda do tempo.
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Aperitivo no Moltabarra e jantar no 7 Machos. Amanhã vamos à Catedral. Ainda não tenho notícias de Barcelona. A paz foi sol de pouca dura. Alugámos uma bicicleta para a L. e temos percorrido a pedalar essas ruas sinuosas e familiares como todos os passados. Reencontro com indizível alegria a BH Glasgow Vintage e agora procuro forma de a levar para Portugal. O dinheiro está para as engrenagens da vida como WD-40 para dobradiças de uma porta que teima em não fechar.
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Para quem precise de almoçar em Barcelona perto da Plaza Catalunya: Restaurante Txapela. Comida basca no seu melhor, serviço impecável, quadro e preço agradáveis.
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A ausência de tele-Trump-visão é a cereja que encima o bolo de Palma.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.