12.6.25

Diário de Bordos - No mar entre Gibraltar e Ibiza, 12-06-202512

Fragmento inicial do post de ontem, que acabou precocemente por se ter envolvido numa batalha com o sono: 

Enfim no Mediterrâneo. Literalmente: hoje mal atraquei em La Linea fui lá baixo verificar as portas dos lemes. Estavam bem, obrigado. A ou as orcas estariam só a testar o material? A fazer-lhe festinhas para o amaciar? Não sei. Sei que nosso festivo método de auto-defesa funcionou e não as voltámos a ver.


Saí da água, tomei um duche rápido e fui fazer a chegada à recepção da marina. As empregadas são as mesmas desde que ali fui pela primeira vez. Sorridentes, hospitaleiras, simpáticas. Apercebo-me uma vez mais de quanto gosto do Mediterrâneo e de quão tonto era quando não gostava. Saí da recepção e tinha a Guardia Civil à minha espera a bordo. As mesmas simpatia e cordialidade mas desta vez um bocadinho à tangente. Os gajos não engoliram a minha história de que as orcas se tinham ido embora de moto proprio. Tive sorte: um deles tem um barco e consegui desviar um pouco a conversa. Quando me voltavam com a história da "sorte" que eu tive, eu respondia "Sorte? Primeiro vamos ver o que a minha mulher anda a fazer" e ríamo-nos todos muito. Vá lá, pelo menos não revistaram a embarcação. Teriam encontrado o material de festa ao fim de meia dúzia de segundos.


Desta vez a escala correu como planeado (em Lagos também, mas só havia uma coisa a fazer e bastou-me esperar vinte minutos para a ter feita. Aqui não: havia duas coisas a fazer, a que se juntou a inspecção dos lemes: Mercadona e gasóleo - este em Gib. No meio o M. desembarcou, o que é pena porque o rapaz é porreiro. Agora vamos só três. Pouco tempo, não faz mal.


Chamei um táxi, comprei chocolates, fruta, doces, voltei para bordo - o chauffeur estava no grupo das recepcionistas e dos polícias e foi uma simpatia - fomos a bancas do outro lado do aeroporto / fronteira e aqui estamos, grande toda e code zero, vinte nós pela alheta de estibordo, um bocado fora do rumo mas quero que o rumo se arrume a um canto e me deixe desfrutar tranquilamente do cansaço.


(Cont.)

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