Desta vez não saí cansado. Saí exausto. Ainda estou, de resto, apesar da sesta que dormi como se tivesse morrido mas de que não acordei ressuscitado. Levantei-me meio morto e cheio de dores musculares. Se ser velho é isto, dispenso, obrigado.
PS - Isto é de ontem.
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Atira-te ao rum, Luisinho. Atira-te ao rum e deixa o rio em paz. Aqui é fácil, não há rio. Há uma ribeira que no Verão nem riacho é. Já de rum podemos falar. E de orujo também, que era o alvo antes de este brilhantíssimo jogo de palavras me aparecer a brincar com as decisões pós-prandiais. Deixei o orujo em paz, vim para casa, acabei o Legendario (metade de um meio copo) e ataquei a meia garrafa de El Dorado 12 Anos (ámen).
Tenho consulta para os olhos marcada (enfim, isto devia esta r no plural. Tenho duas, mas vou anular uma) e tenho quase tudo. Só me faltam: meia dúzia de milhões de euros na conta bancária (isto é: a cair regularmente na conta bancária), músculos e articulações novas, um ouvido a funcionar correctamente, um Wally na marina e uma stew alimentada a sumo de pera-abacate, que à primeira vista tem efeitos muito positivos na anatomia das jovens modernas. Coisa pouca. Basta começar a jogar ao totómilhões.
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Não se ver bem é aborrecido, muito mais do que não se ouvir bem.
(Levantamento de ambiguidades: não me ver bem é uma sorte e não me ouvir também.)
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Não são cinco da tarde e o Claudio já tem uma fila de algumas vinte pessoas, contando por baixo. Ainda me lembro de quando me dava gelados a provar e pedia a minha opinião (e, pior ainda, seguia-a); e de quando me dizia que aquela localização não era boa e eu lhe respondia «Espera, Claudio. Os teus gelados são os melhores que conheço e hás-de ser reconhecido.»
Aposto que se jogasse no tal milhões seria, eu também, recompensado. (Enfim, ele há coisas mais fáceis de adivinhar do que outras.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.