9.9.20

Tempo, aldeias

Em nenhum lugar do mundo o ridículo da modernidade é mais exposto do que numa aldeia pequena. Numa cidade grande dilui-se, há muitas tribos. Numa aldeia, um carrapito pequeno e de mau gosto transforma-se num farol grotesco, uma saia demasiado à la mode uma marca de desfazamento, uma tatuagem demasiado visível sintoma de deslocalização. De certa forma é uma injustiça, claro: por algum lado há-de o tempo chegar ao campo. Só é pena é que a sua ponta-de-lança seja o ridículo.

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