25.10.07

Cascais, Alexanders, Bahia e o que se segue

O melhor barman do mundo está transformado num empregado de mesa. Aposto o meu braço esquerdo e metade do direito em como ele é o melhor empregado de mesa do mundo. Continua, de resto, a fazer os melhores Alexander de Cascais, de Lisboa, e do mundo todo onde estive nos últimos dez anos (não chega a metade, mas enfim, já foi bastante).

Às vezes perguntam-me se não quero ir viver para Salvador, no Brasil. A minha resposta é "não, não quero, muito obrigado". É verdade: é tudo muito bom, é um facto. Mas não se pode andar a pé na rua depois, ou antes, de um bom jantar, não há Alexanders em lado nenhum e quando se vai para casa, não se vai bem para casa, mas para uma espécie de prisão com grades em todo o lado, guardas façanhudos à porta e gadgets electrónicos.

Aliás, os brasileiros estão todos a vir-se embora - porque iríamos nós para lá?

Um copo no canto da casa do canto (já não entro lá dentro, não gosto de colaborar no triunfo dos porcos) e uma casquinha de siri no Caranguejo do Farol, ao fim da tarde, quando o sol se põe e a noite se prepara, são (quase) equivalentes. Os trajectos até ambos não. Não há nada que valha um passeio pelo paredão, seja ele às 6 da manhã, às 8, ao meio-dia, às 6 da tarde ou à meia-noite. Deve ser isso, a pertença.

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