14.12.10

Impostos

A carga fiscal em Portugal tem vindo a aumentar, mas mesmo assim ainda é comparativamente baixa, diz-nos o Governo.

Mente, claro - nunca é preciso acrescentá-lo a seguir a "diz-nos o Governo". A verdade é que para além das taxas fiscais que todos conhecemos e estão quantificadas - IRS, IRC, IVA, IMI, taxa sobre as p... que pariram quem nos e com elas se governa, etc (não as conheço todas, felizmente - refiro-me às taxas) há uma carga fiscal sistematicamente esquecida, mas que devia ser mencionada cada vez que se fala disso em Portugal - refiro-me aos montantes que os diferentes serviços, organismos, institutos e antros em geral cobram para fazer coisas que lhes compete fazer e para as quais recebem fundos do Estado - provenientes, claro, do nosso trabalho.

Hoje, por exemplo, o IPTM (Instituto dos Portos e Transportes Marítimos) cobrou-me 70 euros para fazer em dois dias aquilo que por 35 faz em dois meses (não é um jogo de palavras, ou de aritmética, é assim); e a Escola Náutica Infante D. Henrique cobrou-me 50 para emitir um certificado a certificar que eu lá estudei. Isto hoje, um dia, um só - 120 euros que deviam constar de todas as estatísticas sobre a carga fiscal nacional.

Estas e outras ao fim do ano dão um montante lindo, que não entra no cálculo da carga fiscal nacional, mas entra-lhes nos bolsos, nos automóveis e nos jantares "de representação".

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