25.12.11

Espiral

Há espirais ascendentes e descendentes. Gosto de todas (mas prefiro aquelas, claro). A espiral é a figura geométrica quase perfeita, uma sucessão de círculos que não são bem círculos, uma figura a três dimensões fácil de representar a duas, uma figura com um fim, um objectivo.

Desenho muitas vezes espirais nos teus seios - uma em cada um. São ambas ascendentes - começo na base e vou subindo devagarinho, em círculos apertados, até ao topo. Depois não desço: recomeço.

Há quem diga que um seio é a base perfeita para uma espiral. Não sei. Não conheço nem espirais nem seios imperfeitos. Sei de algumas, e alguns que são melhores do que todos os outros - os teus e as que neles desenho, em curvas apertadas.

A espiral é uma figura tão nocturna como diurna, alegre em qualquer situação - mesmo as espirais descendentes são alegres, paradoxo incompreensível para as mentes demasiado rigorosas, cartesianas (verdade seja dita que as espirais ascendentes são mais do que alegres, são exaltantes).

Não há figura geométrica mais estimulante do que a espiral.

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