14.2.16

Qualquer coisa, coisa qualquer

A ideia de partida é simples: pega-se numa tigela e enche-se-la de qualquer coisa. Corrijo: não de qualquer coisa mas de uma coisa qualquer que a) se desfaça com o calor, b) não seja demasiado cara, c) seja amarelada e d) não suje demasiado a camisa e ou as calças do experimentador uma vez a experiência terminada.

Manteiga foi a primeira coisa que me ocorreu, mas suponho que margarina, natas (apesar da cor) ou outra coisa qualquer; qualquer coisa servirá. Depois aquece-se uma faca e corta-se a coisa qualquer com a qual se encheu a tigela. Há-de cortar-se miudinho, em fatias muito pequenas, quase transparentes, de modo a que se possa ver qualquer coisa através delas. É preciso segurar a manteiga (ou a outra coisa qualquer) entre os dedos, não a deixar esmagar-se no chão, qualquer coisa pode acontecer, sei lá, alguém escorregar. Por exemplo.

Qualquer coisa há-de acontecer, uma coisa qualquer. O resultado da experiência é aleatório. Repare-se que caso se tenha escolhido encher a tigela com solidão amarela o resultado pode ser diferente. Já a solidão azul dará resultados coerentes.

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