12.5.20

Lamentos, mariquices, parvoíces e outras coisas do mesmo quilate

«Sou homem e nada do que é humano me é estranho». É nesta frase de Terêncio que o meu humanismo radica. Sou homem, sou todos os homens. Já a minha misantropia não estou seguro de onde vem. Talvez de tudo o que detesto em mim? Da minha incapacidade de ser todos ao mesmo tempo?

Por muito que compreenda grupos, rebanhos, clubes, partidos sou incapaz de fazer parte deles (e ainda agora tive uma prova involuntária disso, no que respeita a partidos). Compreendo a histeria de grupo, sei que as pessoas que se juntam a movimentos histéricos como este a que assistimos não são todas estúpidas ou maldosas, sei que não me dizem para ficar em casa por maldade, que denunciam os vizinhos porque pensam estar a ajudar quem denunciam.

Sei isso tudo, mas não sou capaz de me juntar a eles. Não aceito que se abdique daquilo que nos faz homens e daquilo que nos faz nós.

Humanista, misantropo, céptico e solipsista. Já vi edifícios ruirem por menos.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.