13.4.21

Diário de Bordos - Genebra, Suíça, 13-04-2021

«De repente pôs-se um dia maravilhoso»

Aprendo que em breve estarei de regresso a Palma e ao P. e no mesmo dia descubro que S. tem em casa uma caixa com setenta CD de Maria Callas. Chama-se The complete studio recordings, é da EMI e são setenta CD. Setenta. Deve ser isto que serendipity designa. Estou a gravá-los todos, claro. Não é frequente ouvir música no mar; esta será uma das excepções a tal regra.

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Tardei demais a publicar o artigo no Público.  Já o devia ter feito há mais tempo. Que me sirva de lição.

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Custa-me deixar Genebra. Nunca se pode ter tudo ao mesmo tempo, pois não?  Sexta vamos fazer a tradicional fondue de família e depois será a qualquer momento. O teste anti-Covid e a companhia aérea determinarão a data exacta da viagem. A alegria é tal que consegue abafar a raiva da Covid e tudo o que se lhe refere.

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Voltou a bise e com ela temperaturas invernais. Sol e frio fazem uma mistura dissonante. Só falta a neve para unificar isto tudo.  

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Vou-me embora de Genebra sem que cafés e restaurantes tenham reaberto. Ontem passei à frente da Gazelle d'Or, o meu primeiro contacto com a gastronomia etíope e disse a S. que tínhamos de lá voltar um dia. Não vai ser desta.

Uma das maiores vantagens de Genebra - que no fundo é uma cidade pequena, apesar de parecer grande - é ter-se os pratos do mundo a cinco minutos de  carro (ou meia-hora, dependendo do trânsito...)

Tão pouco irei à L'Ivresse, à la Ferblanterie... Que resta de uma cidade, quando se lhe tiram os sítios que a fazem viver, vibrar, respirar?

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