13.7.05

Ad nauseam

É sempre a mesma coisa. Sempre foi assim; vejo-me grego com o amor. Literalmente: a minha primeira paixão avalassadora foi por uma grega, numa colónia de férias suiça. Ela era muito mais velha que eu e a coisa ficou por ali. Hoje as coisas tendem a não ficar "por aí". E a pergunta faz muito mais sentido, porque hoje há blogs e há corpos, coisas que não havia antigamente: era preciso amar, também. O dilema é simples:

a) Você vê uma rapariga num bar e acha-a atraente;
b) Você lê o blog de uma rapariga que nunca viu e acha-a atraente;

Qual das atracções é mais... - que palavra utilisar: válida?, verdadeira?, interessante?

A verdade é que já não conheço ninguém que tenha conhecido num bar, e conheço muita gente que conheci num blog. Penso portanto que a opção b) é mais válida, estatisticamente, que a opção a).

Acontece contudo que a rapariga "b)", no momento em que você a conhece, se revela um traste - fisicamente (claro; se o blog ou os mails fossem trastes, você não a procuraria). E - é frequentemente o caso, infelizmente - a rapariga "a)", depois de uma noite, ou meia noite, de sexo, se revela totalmente desinteressante.

Ad nauseam, meu caro...

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