7.9.06

Pois,

e depois? Não sei, não posso e - sobretudo - não quero, fazer outra coisa. Hoje não há vento, amanhã quem sabe?, e depois de amanhã choverá. Que importa? É assim que as coisas se vão passar, e não de outra maneira: "ya todo está", lembra-te, o que vamos fazer, o que a cada dia construímos, o que, à nossa frente, todos os dias desaba; ruínas, todos os dias ruínas novas, futuros radiosos. "Ya todo está".

Excepto, claro, os teus reflexos no espelho que só amanhã verei, ou depois.

Por agora, Gould desfaz as Variações Goldberg, o Alexander flui, o futuro constrói-se, outra vez. Há sempre, minha querida, um futuro, uma ruína, outro futuro e outra ruína, e assim, sem fim, se vai construindo a vida.

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