6.12.07

Sangria, ASAE e um restaurante de que gosto muito

Às vezes vejo pessoas a jantar, mesmo num magnífico restaurante como o Merca-Tudo (na rua do mesmo nome mas sem hífen, creio mas não tenho a certeza) e a beber sangria.

Eu tenho desde já de avisar que gosto do Merca-Tudo por razões absoluta e assumidamente subjectivas: quaisquer que sejam os critérios pelos quais se avaliam um restaurante, o Merca-Tudo estará entre o bom e o muito bom, sem nunca chegar aos píncaros. É um bom restaurante, com uma boa música de jazz, um serviço atencioso e sorridente, preços mais do que aceitáveis, cuja dona é uma senhora que faz pensar nas tias que todos nós sonhámos ter, em crianças (e quando adultos também, mas não como tia): bonita, dinâmica, sorridente, uma voz de fazer sonhar com "sentimentos imperfeitos e vastas sensualidades"; e é um daqueles lugares que não muda: há vinte anos e três donos que lá vou comer couscous, por exemplo, e que o décor é rigorosamente o mesmo.

Só há uma coisa que não percebo: como raio de carga de água é que a ASAE permite que num restaurante destes se beba sangria? A sangria é uma bebida horrorosa, que só serve para se dar aos meninos nos lanches de verão; e a ASAE, no seu afã para nos salvar de uma morte certa, devia, sim, devia, proibir as pessoas de beber sangria ao jantar - o mau gosto não mata, mas magoa.

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