1.1.08

Um jantar improvisado (guisado)

O ponto de partida é sempre o mesmo: o que é que há no frigorífico, e na mercearia do eritreiano da esquina? A resposta também não muda: quase nada.

Comecei por fazer um refogado de cebola, cenoura e alho-porro (e um bocadinho de alho, no fim), um refogado lento porque gosto da cozinha preguiçosa. Num wok passei, em lume forte, os bocados de carne cortados em bocados grandes. Essa carne tinha, verdade seja dita, marinado um par de horas em vinho tinto e rosmaninho, um bocadinho de louro e alho (e no fim do wok sofreu, coitada, um flambée vigoroso, de cognac). O suco da carne ia sendo retirado regularmente e ia para a marinada.

Quando os legumes estavam dourados juntei-lhes a carne e duas latas de tomate pequenas, dei uma forte achega de calor e polvilhei com pimenta, paprika e tomilho. Uma vez isto tudo reduzido, espesso, adicionei a marinada, reduzi o lume e esperei cerca de duas horas, talvez um bocadinho mais (de passagem ainda pus dois cubos de caldo de legumes).

Não houve queixas, nem mesmo de dois adolescentes alimentados a McDo desde a mais tenra infância.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.