8.11.12

Poço da morte

O sabor do dia, para os indignados do costume são as declarações de Isabel Jonet. Uma das coisas que me fascina é Portugal é a profundidade do buraco. Do poço, se preferirem.

Eu ouvia-as parcialmente, e o que pensei está dito aqui: "meia dúzia de banalidades moralistas, inócuas"; outras que são simples bom senso; enfim, nada de especial vindo de alguém que prefere distinguir-se pelo que faz, em vez de pelo que diz.

Mas o poço da imbecilidade portuguesa não tem fim. Não tem limites. É incontrolável. Caiu o Carmo e a Trindade em cima da senhora. Por um lado por causa da forma, como diz o Lourenço; por outro porque a esquerda (eu confesso que hesito em usar a palavra esquerda como sinónimo de estupidez, mas cada vez me parece mais inevitável) acha que a caridade é má. É melhor fazer pobres, através de políticas económicas de resultados comprovados do que ajudá-los.

Não é uma surpresa, num país que preferiu Sócrates a Manuela Ferreira Leite porque esta era feia e falava mal; Sócrates era bonito, falava bem e vestia melhor - tudo qualidades, como se viu, de incalculável valor num primeiro-ministro.

Não é surpresa; surpreendente é a dimensão do vazio que vai por essas cabeças dentro.

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