25.7.15

Diário de Bordos - Alvaiázere, Portugal, 26-07-2015

A vida nocturna de Alvaiázere partilha-se entre o Alva Bar e o Buddha Bar (escolhi "partilha-se" devido à sua proximidade com "espartilha-se").

Ambos são medonhos. Mas a fealdade do Alva Bar é rebuscada, trabalhada, querida. A do Buddha Bar é natural. Tudo no Buddha Bar é natural, excepto talvez - não sei - as mamas de uma das empregadas que ou são de silicone ou de um soutien qualquer. E se calhar são naturais, alguém decerto saberá.

A música do Buddha é naturalmente má; a do Alva é só má. Os dois têm televisões, claro. A do Alva é maior tanto relativa como absolutamente.

Felizmente não dependo muito da vida nocturna. Por enquanto prefiro o Alva: privilegio o esforço, mesmo que no mau sentido.

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O jantar correu bem. Não ficou tão bom quanto poderia ter ficado mas mesmo assim foi bom e as pessoas gostaram e sempe ganhei, quando me pagarem, um bocadinho de dinheiro. Não muito: o suficiente para uns Bailey's  "com uma gotinha de whisky, se faz favor".  E para confirmar que gosto de cozinhar para um grupo de pessoas simpáticas, abertas, inteligentes.

São as únicas que percebem as delícias da imperfeição.

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De hoje a uma semana estarei na Escócia. É curioso, não é?

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