21.7.17

A relação de Palma de Mallorca com a felicidade devia ser estudada

Animula vagula blandula
Hospes comesque corporis
Pallidula rigida nudula
Nec ut soles dabis Iocos.

Little soul, you charming little wanderer, my body's guest and partner,
Where are you off to now?
somewhere without colour, savage and bare;
You'll crack no more of your jokes once you're there.


Cada vez que estou em Palma penso neste poema de Adriano, chegado a mim via Yourcenar, Marguerite magnífica.

E cada vez que estou em Palma pergunto-me se se deve voltar a um sítio onde se foi feliz. A seguir pergunto-me se fui feliz em Palma (a resposta é sim, sem conversa de treta). Depois: deve voltar-se a um sítio onde se foi infeliz? (Nunca fui infeliz em Palma. A pergunta é parcialmente retórica).

Depois pergunto-me "porque sou mais tolerante com a minha cabeça do que com o meu corpo?" Porque me chateia mais uma anca que dói do que a cabeça que faz essa anca andar?

Nunca fui muitas vezes à Bodega Bellver enquanto aqui vivi, hoje um dos meus lugares favoritos nesta cidade (que amo, relembro, como se aqui tivesse nascido).

Pela razão simples e indiscutível que: (dois pontos): fui feliz aqui. Melhor: sou feliz, não porque viva no passado mas porque vivo no futuro.

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