6.5.19

O nome da rosa

Simples questão de pegares numa rosa e a mandares à Lua com um bilhete se ida simples. Deixa-a crescer naquele lugar inóspito e por lá envelhecer,  regada sabe-se lá por quem.

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Imagina o começo de um dia de Lua Cheia. A Lua está visivel no horizonte,  a praia-mar será por volta das duas da tarde (se estiveres nas nossas latitudes, algures entre os trinta e os cinquenta graus), tu sais de casa, do teu camarote, de um bar no qual a noite se arrastou, de uma cama que te custa deixar, de um quarto que nunca mais acabou: que fazer daquele disco agora pálido e cuja função te parece ser arrastar água de um lado do planeta para o outro, inspirar poetas medíocres (como tu) ou grandes parangonas nos jornais sobre a "super-Lua"?

Planta-lhe uma rosa, deixa-a crescer regada apenas pelo teu olhar. Dá um nome a essa rosa: Ana, Rita, Helena, Sandra, Tatiana, Paula, Diane, Alexandra, Viktoria, Tsombé, Isabel, Suzanne, Ilse...

Um nome, estúpido. Só um.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.