14.6.20

Apologia do aquecimento (global)

Alguém pode ligar o aquecimento global, por favor? Ainda não é esta semana que se prevê a chegada da mínima aos vinte graus. Enfim, chegar chega, mas não fica. É só uma vez. Depois continua nos dezoito, dezanove.

É certo que os catastrofistas do ambiente mudaram a designação de aquecimento global para alterações climáticas. Qualquer pessoa com dois dedos de testa prefere um mundo mais quente (há excepções, eu sei. Conheço uma) e aquecimento global não suscitava o mesmo medo do que as tais alterações. O objectivo dos profetas da desgraca sempre foi assustar as pessoas, coisa que me faz perguntar aos mais esquerdistas dentre eles (quase todos, sendo que também aqui há excepções, claro) como conciliam o desgosto que têm do mundo actual com o medo que ele acabe. 

Como toda a gente sabe, o calor faz bem aos modos. Alguém imagina o bom selvagem do Rousseau esquimó? Não. Era africano ou índio da Amazónia, aqueles lugares onde também situamos o paraíso. Ninguém vê a Eva e o Adão serem expulsos de um iceberg na Antártida. Nem maçãs haveria, se assim fosse. Ora nos trópicos toda a gente é boa, são todos uns santos. Ninguém faz mal a ninguém. Foi preciso os brancos chegarem a África, carregados de frio, para a humanidade descobrir o racismo, e talvez deixando o planeta aquecer ele desapareça.

Deixai aquecer o planeta, vá. Parti estátuas, mas deixai subir as mínimas para cima dos vinte graus. O resto é conversa de encher UCI.

PS - Se quiserdes destruir estátuas do Rousseau estou inteiramente de acordo. Rousseau e Marx. É só dizerem, que eu aplaudo (da varanda).

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.