25.8.20

Que perdem os que perdem?

Estudei um pouco, superficialmente, o fenómeno das histerias colectivas do passado, desde a Idade Média ate aos nossos dias. Um dos estudos que li dizia que a adesão das pessoas à histeria era provocada pela esperança num ganho qualquer. Esses ganhos variavam com o contexto, mas estavam sempre lá. 

O que me sidera na histeria que agora vivemos é que as pessoas aderem sem a perspectiva de um ganho concreto, palpável. Não morrer? Mas já se sabe quem morre; quem não está nesse grupo não beneficia. Não transmitir? Na rua? No café? Em casa ainda vá que não vá, mas na rua?

Percebo que quem contacta com pessoas de mais de oitenta anos e múltiplas patologias tome precauções; mas os outros? 

A primeira ilação é que quem adere a estas fantasias não perde muito (ou não se apercebeu do que vai perder, o que indica umas pistas interessantes). A segunda é que para eles a liberdade não vale muito.

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