2.7.21

Diário de Bordos - Palma, Mallorca, Baleares, Espanha, 02-07-2021

Há muito não via tanta gente neste aeroporto. Faço a observação à senhora do filtro, uma rapariga jovem e acrescento: " Agora só falta acabar com as máscaras." A respista veio célere: "Sim, quando estivermos todos vacinados." Se alguém um dia voltar a duvidar do poder dos media mordo-o.

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Breve paragem em Barcelona para uma reunião difícil. Manter presente: assuntos de dinheiro resolvem-se com dinheiro e assuntos de palavras com palavras. Não permitir que se misturem.

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Fiz muito recentemente mais dois furos no cinto e o segundo já está a uso. Não tarda tenho-o a dar-me duas voltas à cintura. 

(Não será amanhã a véspera desse dia, se voltar ao Bastian Contrari muitas vezes...)

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O qual Bastian é simplesmente um dos melhores restaurantes italianos de sempre. Digo restaurante e insisto: "de sempre". Pai, mãe e um filho a fazerem comida e a receberem os clientes como se fosse a casa deles. É. Fui com a A. e com a M. - habitués da casa, verdade seja dita. Foram elas que me falaram do sítio e ontem lembrei-me de as desafiar. É um casal bonito, completamente díspare em tudo. Vivem juntas há cinco anos. Nunca percebi de onde vêm as resistências de algumas pessoas à homossexualidade e com estas duas ainda se percebe menos.

A M. é cozinheira,  especializada em comida oriental e temos um Soto (sopa indonésia) combinado para quando eu voltar. Se alguém me ouvir dizer que estou farto de Palma pode apontar-me o dedo e rir a bandeiras despregadas.

Não estou. Nunca estarei. Pelo menos enquanto gostar de comer, andar de bicicleta e de mar. E de pessoas, da Tramuntana, de igrejas, ruas estreitas e torcidas como panos que se espremem para secar.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.