13.7.21

Vou dormir

Escrever no telefone é bom para os leitores (escreve-se menos) e para o escritor (pensa-se mais). A ideia, hoje - por exemplo - era escrever sobre o maelstrom que o dia foi. Acabo a pensar no rum que não bebi no Antiquari porque amanhã quero acordar cedo, no rum com sumo de laranja que não bebi no Big Foot pela mesma razão. E agora escrevo no telefone, sem saber como continuar. Escrever é um perpétuo diálogo com um interlocutor que nem sempre está e nos deixa o telefone pendurado. De resto, nada a dizer. Nada a pensar, sequer. O interlocutor que vá passear. Eu vou dormir.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.