21.1.23

Diário de Bordos - Genebra, 21-01-2023

Sonhei com o Big Bad Dennis. Não faço a mais pequena ideia do porquê de tão estranha associação. Talvez tenha sido porque ontem vi umas fotografias de 12 M JI, não sei. A minha teoria dos sonhos é diferente das do Sigmund e do Jung. Não acredito muito nessas coisas de os sonhos serem portas para o inconsciente ou caminhos ou comunicações ou o diabo a sete. Acho que são o resultado do dia-a-dia e do estado de espírito do sonhador. Pelo menos os meus. Aceito naturalmente que me digam que sou um tipo primário que nem sonhos como deve ser sabe ter. Aceito com um caveat: depende de que sonhos estamos a falar. 

Não deixo contudo de ficar contente por ter o Dennis Conner  a dormir em mim, salvo seja. Deve ser o resultado das boas notícias que tive ontem. É um sintoma do estado a que cheguei, sonhar com o Conner por causa das micro-boas notícias de ontem. Em condições normais mereceriam um «óptimo!» meio distraído e pouco mais. Um dia estarei a sonhar com o Tabarly ou com o Loïc Peyron e aí terei atingido o cume do Everest das boas notícias, suponho.
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Saio para ir passear a cadela - outra das minhas funções aqui. A temperatura exterior é de um grau negativo. Com o vento parece muito mais frio. Apesar das luvas as mãos enregelam-se-me  em questão de minutos. No parque vejo um tipo a correr de calções e t-shirt. Deve ter um aquecimento interior, penso com um arrepio que me vem de dentro. Até os fluidos gástricos se me gelaram. Deve ser um daqueles que acredita no aquecimento global, o antepassado das alterações climáticas e da respectiva «urgência».

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Ontem a caixeira do supermercado dizia para uma cliente: «Normalmente o mês de Janeiro demora muito a passar mas este foi muito rápido. Já estamos quase em Fevereiro.» É verdade. Este mês não acaba e já acabou. O nome vem-lhe de Janus, o deus com duas caras, dois tempos. 

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