25.8.24

Diário de Bordos - Palma, Mallorca, Baleares, Espanha, 25-08-2024

(Sim, continua mas num prato separado. Não me apetece comida fria.)

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Para quem duvida dos meus dotes financeiros: hoje poupei substancialmente mais do que ontem na gorja, que foi igual. Truques:

a) Bebi menos cerveja enquanto esperava (em Porto Adriano basta olhar para um copo vazio para se começar a pagar);

b) Em vez de chamar um táxi fui para a paragem dos autocarros com aquela velha máxima presente: «autocarro? Táxi? Apanho o que passar primeiro» (as probabilidades de que fosse um autocarro eram nulas, mas isso fica para outro dia);

c) O táxi apareceu cerca de um minuto depois de eu ter chegado à paragem. Entrei e entabulei uma conversa sobre o preço;

d) Uma vez chegados a Palma dei uma gorjeta mais pequena.

Estas tácticas permitiram-me ganhar cinco euros sobre o táxi de ontem e dez sobre a gorja. Se isto não é uma epopeia financeira não sei o que é.

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Mas não se pense que a coisa fica por aqui. Expliquei ao Google que queria um restaurante italiano (estava a morrer por uma lasanha e um copo de Chianti) e barato. Mandou-me para um sítio chamado Como en Casa. Passo vários pormernores (o velho conjunto pudor / vergonha) mas informo que paguei vinte e três euros e cinquenta cêntimos port um riquíssimo jantar. Se isto não é poupança... O restaurante Como en Casa entra já para o pódio dos meus restaurantes. Um dia farei uma crítica mais completa. Agora oiço a Karaindrou, bebo um copo de rum e penso na sorte que é um gajo poder fazer misturas destas: Karaindrou, rum Flor de Caña, um soberbo spag bolo (não havia lasanha), tudo isto numa cidade maravilhosa depois de uma tarde no mar e antes de um voo para Itália, aonde vou poder comer e beber tudo aquilo por que anseio, que é muito mais do que lasanha. Sem esquecer a BH Glasgow Vintage, que me leva de um lado para o outro com uma paciência infinita.

A saber: polenta. Coniglio alle olive, Chianti, Barolo, se um dia me der para o tolo (salvo seja). Grappa decente. Será que o Salverio ainda é vivo? Será que é desta que vou a Palermo?

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Porque é que a Eleni Karaindrou faz música tão boa? Porque tenho tanta vontade de ir para a Grécia? (Enfim, para Atenas? ou melhor: para Keramikos?)

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.