22.5.08

Boa noite, Irene

"Raros são os filmes nacionais que conseguem conjugar aquilo que é atractivo para o grande público com uma certa transcendência intelectual."

Esta frase, tirada do Cineblog, resume o que está, geralmente, errado com o cinema português - a "transcendência intelectual", claro. Se os nossos cineastas se preocupassem mais com a eficácia narrativa (e com alguns aspectos técnicos), a "transcendência" viria de per si. Isto dito, o filme é bom - e com menos 20 minutos ficaria ainda melhor, o que já é bastante animador (aliás, associei-lhe os defeitos muito mais aos de uma primeira obra do que aos de um filme português, o que ainda é mais animador).

Há, claro, os problemas de dicção - que, ao lado do excelente actor que é Robert Pugh se notam mais (apesar de serem muito menos do que o habitual) - e algumas fraquezas de argumento; mas o filme é bom, os diálogos são bons, a fotografia e a música boas são: a ver, e não por altruísmo ou patriotismo cinematográfico.

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